6. Complete as orações com os verbos SER e ESTAR – devidamente conjugado
(Sou / é / somos / São) (Estou / Está, Estamos / Estão)
a) Liana na praia hoje porque é verão.
b) Denise, Mauricio e você no estádio.
c) Ronaldo especialista em informática.
d) Tiago está feliz hoje porque é seu aniversário.
e) Aline muito prática.
f) Elaine e Eu com sede porque hoje muito quente.
g) Bruno na universidade porque estudante.
h) Débora minha chefe. Ela muito pontual.
i) Raquel, este livro não meu, é seu?
j) Marcos com fome porque já 15 horas!
l) Vocês com amigos no bar.
m) Marcelo de Curitiba, Eu de Niterói e Carla é de Vitória. Todos brasileiros
n) André meu irmão e Simone sua irmã.
o) Gloria, João e Eu brasileiros.
p) Coitado o Flavio! Ele doente. Está com dor de cabeça.
I – Minha primeira viagem
Muito cedo me convenci de que minha mãe tinha toda a razão. Vida de marinheiro é vida pesada. Não sobra tempo para brincar, a bordo dum navio, ou pelo menos não sobrava a bordo do meu navio. Mesmo quando o mar estava sereno e o dia lindo, serviços não faltavam, um atrás do outro.
Uma noite o vento começou a soprar com fúria cada vez maior. O navio era jogado em todas as direções, como se fosse casca de noz. Nunca supus que tempestade fosse assim.
Toda a noite o vendaval soprou e nos judiou. Fiquei tão amedrontado que não sabia o que fazer, nem o que pensar. Era impossível que o navio não fosse ao fundo.
Lembrei-me então de casa e das palavras de minha mãe. – Se escapo desta – disse comigo –, outra não me pilha. Chega de ser marinheiro. Só quero agora uma coisa – voltar para casa e nunca mais deixar a companhia dos meus pais.
A manhã rompeu e a tempestade ainda ficou pior que de noite. Convenci-me de que estava tudo perdido e resignei-me. De tarde, entretanto, o céu começou a clarear e o vento a diminuir. As ondas perderam a fúria. O navio foi parando de pinotear. A tempestade chegara ao fim.
Na manhã seguinte o sol apareceu, o céu fez-se todo azul e o mar parecia um carneirinho, de tão manso. Que beleza foi essa manhã!
Eu estava de pé no convés, olhando o mar, quando ouvi passos atrás de mim. Era o imediato do navio, um homem que sempre se mostrava bondoso para comigo.
– Que é isso, Bob? Você parece que teve medo do ventinho da noite passada.
– Ventinho? – respondi. – Tempestade e das boas, isso sim.
O velho marujo riu-se.
– Você é muito novato, Bob. Não sabe ainda o que é uma tempestade. Mas saberá qualquer dia e então há de rir-se de si próprio de haver chamado tempestade ao ventinho de ontem.
[...]
III – O naufrágio
Quando tudo ficou pronto para a longa viagem, embarquei no naviozinho. Fazia justamente oito anos que tinha deixado a casa de meus pais. Qualquer coisa me dizia que não fizesse tal viagem, mas eu havia me comprometido e não podia voltar atrás.
O vento estava de feição, como dizem os marinheiros. As velas se enfunaram e o navio lá se foi.
Por muitos dias só tivemos bom tempo. O navio navegava firme, tudo parecendo indicar que a viagem seria das mais felizes. Mas não foi assim.
Uma violenta tempestade veio de sudoeste, e eu, que em oito anos de vida marítima tinha visto muitas, nunca vi tempestade mais furiosa. Nada pudemos fazer senão deixar o navio flutuar ao sabor dos ventos. Dias e dias fomos assim arrastados pelo mar afora, esperando a todo momento um fim terrível.
A tempestade crescia de violência. Nenhum de nós conservava esperança de salvar-se. Mas no décimo segundo dia o vento amainou e as vagas perderam a fúria. Nossas esperanças renasceram.
No décimo terceiro dia, pela manhã, um marinheiro gritou: “Terra!”
Corri ao convés para ver, mas justamente nesse instante o navio bateu num banco de areia e ficou imóvel. Estava encalhado. Grandes ondas vinham quebrar-se no convés, e toda a tripulação teria sido varrida para o mar se não se houvesse escondido nas cabinas. “Que havemos de fazer?”, gritou um marinheiro.
– Nada – respondeu o capitão. – Nossa viagem está no fim. Só nos resta esperar que as ondas despedacem o navio e nos engulam a todos.
– Há ainda uma esperança – gritou o imediato. – Sigam-me!
Corremos todos para o convés atrás dele e pudemos ver que um dos escaleres ainda estava no seu lugar. Num relance cortamos as cordas que o prendiam aos ganchos e o pusemos n’água, com todos os homens dentro.
Nenhum bote poderia flutuar por muito tempo num mar agitado como aquele, mas nós estávamos vendo terra por perto e tínhamos esperança de chegar até lá. Era a única salvação possível.
Vagalhões furiosos nos foram levando em direção dumas pedras que pareciam ainda mais terríveis que as ondas. De repente uma vaga maior cobriu o bote. Ninguém teve tempo de gritar ou pensar. Fomos todos engolidos pelas águas.
[...]
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé: aventuras dum náufrago perdido numa ilha deserta, publicadas em 1719. Tradução e adaptação de Monteiro Lobato. São Paulo: Brasiliense, 1980. p. 6, 7, 9 e 10.
Fonte: Língua Portuguesa – Português – Apoema – Editora do Brasil – São Paulo, 2018. 1ª edição – 6° ano. p. 143-6.
Entendendo a história:
1. O texto começa com a seguinte afirmação do narrador.
“Muito cedo me convenci de que minha mãe tinha toda a razão”.
a) O que é possível pressupor por meio da afirmação?
b) Por que o narrador faz essa afirmação?
2. Identifique, no texto do Capítulo I, as sequências descritivas que caracterizam a situação em que se encontrava Robinson Crusoé.
3. No 2° parágrafo do texto do Capítulo I, o narrador fala sobre a tempestade e descreve a própria reação diante dela. Como as sequências descritivas caracterizam a tempestade? E como é descrita a reação do narrador?
4. No 3° parágrafo do texto do Capítulo I, o narrador interrompe a narrativa sobre a tempestade para fazer uma reflexão. Em que ele pensou?
5. Releia o trecho a seguir:
a) Que expressão indica o momento em que se inicia um novo acontecimento?
b) Por que esse acontecimento pode ser considerado uma complicação na narrativa?
c) Agora, imagine-se no lugar de Robinson Crusoé. Elabore um parágrafo que mostre como você se sentiria no momento da tempestade.
6. Mais adiante, o narrador diz:
“A manhã rompeu e a tempestade ainda ficou pior que de noite. Convenci-me de que estava tudo perdido e resignei-me. De tarde, entretanto, o céu começou a clarear e o vento a diminuir. As ondas perderam a fúria.”
a) Como a complicação se resolveu?
b) Como termina esse trecho da aventura? Qual é a situação final?
7. Releia o diálogo final do Capítulo I, entre o menino e o imediato do navio.
a) Há alguma diferença entre as opiniões deles sobre a tempestade? Explique sua resposta.
b) A atitude do marujo, ao rir da resposta do menino, possibilita que o leitor avalie se a resposta que deu a Robinson Crusoé era verdadeira. O que você pensa sobre esse diálogo?
8. O terceiro parágrafo do Capítulo III, descreve o início da viagem.
“Por muitos dias só tivemos bom tempo. O navio navegava firme, tudo parecendo indicar que a viagem seria das mais felizes. Mas não foi assim.”
a) Que sequência descritiva mostra como estava o tempo?
b) Qual sequência descreve como o navio segura?
c) No trecho em destaque, que palavra dá, ao leitor, uma pista de que algo acontecerá? Explique sua resposta.
d) Em sua opinião, a descrição do início da viagem e o título do Capítulo, “O Naufrágio”, provocam que efeitos no leitor?